“Terça-feira à tarde. Greve dos caminhoneiros. Lá fora, a cidade parada. Por dentro, um turbilhão. Aquele dia foi o ponto crítico de um movimento interior intenso. O momento da ruptura, da quebra, o ponto de inflexão.
Naquela terça-feira, ao contrário de outras vezes, me desnudar foi difícil. Não por pudor, não por vergonha, mas por medo de olhar pra fora e enxergar dentro. Mas você, com sua delicadeza, sua força e seu talento, me guiou nessa jornada.
Eu me olhei por fora e, de uma forma inteiramente nova, me vi por dentro.
Mari, minhas palavras são abstratas e não vou me estender pra te relatar a jornada pessoal que empreendi nos últimos tempos.
Mas quero que você saiba que tenho eterna e profunda gratidão por seu talento, por seu olhar, sua sensibilidade, enfim, sua alma.
Você não tira fotos. Você forja almas e faz nascer novas mulheres. Você merece o céu.
Um beijo e toda minha gratidão, de coração.”