Existem inúmeras características que definem uma assinatura de imagem, um estilo próprio na fotografia, que fazem com que sua imagem seja reconhecida sem que precise de legenda.

Neste artigo vou te ensinar a desenvolver 5 aspectos que considero os mais importantes para desenvolver um estilo próprio e explico como você pode pensar sobre cada um deles em seu trabalho.

Mas antes, precisamos falar sobre como assentar uma base sólida para sua criação. Tudo começa com a pesquisa de referências.

Antes de tudo: Pesquisa de Referências

Todo estilo próprio na fotografia, nasce de uma pesquisa muito longa de referências. Essa pesquisa a gente faz ao longo da vida enquanto criadores.

Tudo que você vê, escuta, cheira, sente e coloca em sua vida, influencia o que você expressa em seu trabalho.

Antes de começar, tenha um moodboard onde vocês pode constantemente colocar as referências que você ama, sobre absolutamente tudo, e revisitar quase todos os dias para ir refinando e se encontrando cada vez mais. Eu uso o Pinterest para isso (Clique aqui para ver.)

Pois é a partir dessas referências você irá extrair pistas de como quer fazer seu trabalho. O resultado desse grande mix será único, porque será do seu jeito.

Ou seja, a única forma de desenvolver um estilo próprio, é ser autêntico e real. Trazendo a si mesmo para o que você faz.

Os 5 aspectos mais importantes para criar um estilo próprio na fotografia

Agora, vamos aos 5 aspectos que acredito serem os mais importantes na definição de um estilo próprio na fotografia. Foram eles os que mais fizeram diferença pra mim, ao longo desses 12 anos.

1 – Paleta de Cores

De tudo, uma das coisas que considero mais importantes ao desenvolver a assinatura da sua fotografia, é ter uma paleta de cores só sua. A paleta de cores da sua marca.

Isso te ajuda a ter unidade em seus ensaios. Te ajuda a ser intencional. Ao focar, você define e refina seu estilo. Ao invés de deixar tudo entrar e perder a identidade. Pois identidade também é concisão.

Desta forma, a sua paleta de cores estará presente em tudo e vai facilitar muito a sua vida na hora de escolher elementos para seus ensaios.

DICA: Quando tiver um moodboard já bem recheado, observe as cores que estão mais presentes. Escolha no máximo 4 que harmonizem entre si.

Ou, caso já tenha um portfólio grande, observe isso em suas imagens e veja o que se repete em seu próprio estilo. Depois, torne essas características ainda mais visíveis para seu público.

BÔNUS: Aqui no blog tem um artigo especial falando apenas sobre Paleta de Cores. Clique aqui e enjoy! 🙂

2 – Cenário

Este ponto é muito mais fácil quando você tem um estúdio e pode criar do jeito que você quer. Mas, se você fotografa em locação, não se desespere.

Pois, para desenvolver um estilo próprio na fotografia, mesmo sem estúdio, você deve selecionar as locações pelo estilo. Desta forma, escolha 2 ou 3 locações que têm a vibe que você está buscando e fotografe sempre com elas.

Não, não vai ficar repetitivo. Eu já trabalhei assim durante muitos anos, antes ter meu próprio estúdio. Inclusive, me ajudava muito a exercitar a criatividade, sempre buscando explorar novos ângulos.

DICA: Se na sua pesquisa de referências você percebeu que, por exemplo, possui muitos elementos “românticos”, deve procurar uma locação com elementos similares.

BÔNUS: Aqui neste artigo, você pode saber mais sobre como fiz minha transição para estúdio ao longo de 4 anos, começando na sala do meu apartamento. Quem sabe te ajuda a se preparar para o seu. Clique para ler. 🙂

3 – Tratamento de imagem

Eu não canso de bater nessa tecla: O tratamento de imagem é pra fechar a parte criativa da sua imagem e não para consertar sua foto.

O tratamento de imagem tem que ser o verniz de tudo que foi sendo construindo antes. Desta forma, ele vai vir da sua pesquisa de referências e do seu objetivo com as fotos, que nascem muito antes do click.

A finalização da cor, o tratamento das imperfeições, a textura da imagem em si, o nível de contraste, tudo isso diz algo sobre a imagem. Cada um desses aspectos trás uma sensação, um clima, uma história para sua imagem. Portanto, tudo isso precisa integrar a mesma narrativa.

Então, a fim de desenvolver um estilo próprio na fotografia, você precisa amarrar seu tratamento de imagem a todos os outros elementos do processo de criação.

4 – Símbolos

Todos os símbolos que você utiliza em sua imagem, transmitem uma mensagem. Eu, por exemplo, uso muitos tecidos e fundos pintados a mão em meus ensaios.

Por quê? Porque eu quero que as minhas fotos transmitam a grandeza das musas e das pinturas clássicas e modernas. Essas são algumas das minhas maiores referências na criação e eu extraio símbolos delas para o meu trabalho. Estes que citei são apenas 2 deles.

Assim, a medida que você desenvolve uma pesquisa de referências cada vez mais rica, os símbolos que são recorrentes irão aparecer com mais clareza. A partir daí, você pode começar a experimentá-los em seus ensaios. Pois eles dirão algo sobre você e o que você gosta.

5 – Emoções

Para refinar seu estilo próprio na fotografia, defina o conjunto de emoções que fazem parte da identidade que você está desenvolvendo.

Se pergunte: O que você quer causar nas pessoas? O que quer que elas sintam?

Amor, leveza, alegria, poder, tranquilidade, etc

As emoções devem ser traduzidas para a sua direção de ensaio e para a escolha dos elementos. Para tanto, você irá trabalhar símbolos e climas que correspondem ao seu objetivo.

Por exemplo: Se você quer um clima mais melancólico, irá usar meia-luz e um tom mais azulado, talvez um cenário mais intimista. Se vai ser algo mais vibrante, você usa uma luz brilhante de temperatura mais quente, com elementos mais coloridos no espaço e nos looks. E por aí vai…

Ou seja, é o conjunto de escolhas que você vai fazer para atingir determinado sentimento.

PSIU: Esse ponto é mais abstrato, pois trabalha o sensorial da imagem, e não a imagem diretamente. Mas, com o tempo você vai entender melhor. 😉

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Espero ter ajudado você. 🙂

Um abraço,

Mari.